Érika Assunção
Psicóloga

Alguns tratamentos
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens da psicologia mais eficazes para o tratamento de transtornos da ansiedade. Isso ocorre por meio de várias técnicas, que podem ser utilizadas para promoção do bem-estar do paciente, bem como a construção de um repertório comportamental saudável.
Tipos do transtorno da ansiedade:
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transtorno de ansiedade de separação;
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mutismo seletivo;
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fobia específica;
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fobia social;
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agorafobia;
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transtorno de pânico;
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transtorno de ansiedade generalizada (TAG);
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transtorno de ansiedade induzido por substâncias/medicamentos;
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transtorno obsessivo-compulsivo (TOC);
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transtorno dismórfico corporal;
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transtorno de acumulação;
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tricotilomania;
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transtorno de escoriação;
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transtorno de estresse pós-traumático (TEPT);
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transtorno misto ansioso e depressivo (TMAD).
A abordagem da Terapia Cognitiva Comportamental é bem estruturada, diretiva, com metas que são definidas a partir de uma aliança terapêutica e com atuação direta do paciente no próprio processo de tratamento. O objetivo é favorecer o desenvolvimento da autonomia para saber lidar com os próprios problemas de maneira saudável.
Algumas estratégias e técnicas de manejo da TCC que visam ajudar o ansioso:
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Reprogramação mental;
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Distinção entre eventos, pensamentos e sentimentos;
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Respiração e relaxamento;
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Progressão no lugar da perfeição.
O tratamento da depressão, ainda que multidisciplinar, tem participação forte da Psicologia. A TCC se mostra como uma abordagem muito eficaz para tratar a depressão.
Após a compreensão do desenvolvimento da depressão do paciente, é feita uma psicoeducação do modelo cognitivo e do transtorno.
Com a TCC é possível construir um tratamento eficaz, capaz de dar mais autonomia ao paciente frente às decisões que precisa tomar na vida, graças à reestruturação cognitiva.
Alguns sintomas da depressão:
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humor deprimido;
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redução do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades;
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perda ou ganho de peso;
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insônia ou hipersonia;
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agitação ou retardo psicomotor;
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fadiga ou perda de energia;
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sentimentos de desvalia ou culpa inapropriados;
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redução da concentração;
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ideias de morte ou de suicídio.
Algumas estratégias e técnicas de manejo da TCC que visam ajudar o depressivo:
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Reestruturação dos pensamentos;
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Ativação comportamental;
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Monitoramento de suas atividades;
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Trabalho de prevenção de recaídas.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) em Adultos.
Adultos com TDAH sofrem com distração, atrasos frequentes, déficits na memória, agitação física e mental e dificuldade de se organizar — com compromissos, horários e ambientes. Em razão de todos esses prejuízos, somados ao típico comportamento impulsivo, é comum a pessoa apresentar baixo desempenho em suas atividades, como no contexto acadêmico ou profissional.
Não somente as tarefas funcionais são afetadas por esse transtorno, mas também a vida social e os relacionamentos. Isso ocorre porque o indivíduo é guiado por dificuldades interpessoais e expectativas de fracasso, em razão das rotulações que recebeu ao longo de suas experiências.
Outros problemas decorrentes dessa condição clínica são:
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procrastinação frequente;
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instabilidade de humor;
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déficit na autoestima;
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sentimentos de culpa e raiva;
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isolamento social;
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autossabotagem e comportamentos disfuncionais, incluindo vícios e outras atitudes de risco.
Os tratamentos mais indicados para adultos com TDAH são o uso de medicamentos e a psicoterapia.
A terapia cognitivo-comportamental é a principal indicada para o tratamento psicológico de adultos com TDAH. A abordagem já é reconhecida no meio clínico por sua eficácia, tanto para esse quadro quanto para diversos outros transtornos.
As técnicas da TCC ajudam a desconstruir as crenças equivocadas da pessoa com TDAH e reestruturar seus padrões de pensamento e comportamento. Assim, o indivíduo pode:
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desenvolver novas estratégias de enfrentamento;
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melhorar a autoestima, a motivação e a estabilidade emocional;
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tomar consciência das próprias habilidades;
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criar hábitos de vida mais produtivos.
O diagnóstico de TDAH é determinante para o tratamento e a consequente melhora na qualidade de vida. A falta de acompanhamento especializado pode dar espaço para o surgimento de outros problemas, como estresse crônico, transtornos de ansiedade, depressão, bipolaridade, compulsão alimentar, dependência química etc.
A bipolaridade é um transtorno psiquiátrico diferente do que as pessoas imaginam, pois o principal sintoma não é a mudança rápida de humor.Pelo contrário, pacientes com transtorno bipolar enfrentam fases que costumam durar semanas ou meses.
O transtorno bipolar se aproxima de outros problemas psiquiátricos, como a depressão ou a ansiedade. Com isso, nem sempre é fácil chegar ao diagnóstico.
O transtorno bipolar é uma condição de saúde mental cuja intensidade dos sintomas pode variar de leve a grave. A bipolaridade se divide em tipo I e tipo II.
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O bipolar tipo I é caracterizado por episódios maníacos, depressivos, hipomaníacos e mistos (sintomas de depressão e mania misturados).
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O bipolar tipo II, não apresenta episódios maníacos completos, mas sofre com períodos depressivos intensos e longos.
Alguns sintomas na depressão bipolar:
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Tristeza;
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Fadiga;
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Irritabilidade;
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Pessimismo;
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Perda de interesse;
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Afastamento dos amigos;
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Dificuldade de concentração;
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Insônia ou excesso de sono;
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Sentimentos de desesperança e inutilidade;
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Perda de apetite ou exagero alimentares;
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Pensamentos suicidas.
Alguns sintomas na mania bipolar:
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Humor excessivamente feliz;
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Sensação de euforia;
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Agitação;
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Impulsividade;
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Impaciência;
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Compulsão;
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Maior sociabilidade;
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Menor necessidade de sono;
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Pensamentos acelerados;
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Ideias delirantes.
O tratamento para a bipolaridade é feito através da psicoterapia, da psiquiatria e dos medicamentos psiquiátricos de controle de humor.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens psicológicas mais indicadas para o tratamento da bipolaridade. As intervenções do psicólogo ajudam a controlar os sintomas e a desenvolver novas maneiras de lidar com o problema, reduzindo o risco de crises.
As técnicas da TCC promovem qualidade de vida para os bipolares. Abaixo algumas técnicas:
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Psicoeducação sobre a bipolaridade: aprendizado de identificação das fases de mania e depressão;
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Monitoramento do humor;
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Compreensão dos pensamentos e comportamentos ligados às crises;
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Modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais;
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Mudanças de hábitos;
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Regularização da rotina;
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Promoção de uma dinâmica familiar e social saudáveis;
Geralmente, a bipolaridade traz muito sofrimento para os pacientes sem tratamento psicoterapêutico, pois os bipolares tendem a se enxergar como “inadequados” e sofrerem com preconceitos e julgamentos dos outros e de si mesmos.